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sexta-feira, 4 de março de 2011

Da série casos verídicos 6

A história do penteador de bonecas

Pode ser que aqui em Floripa a expressão penteador de bonecas não faça muito sentido para o mundo triatlético, mas pode perguntar para qualquer brasiliense que eles vão saber na hora o significado.
Pode-se conceituar o penteador de boneca como sendo o atleta, obrigatoriamente do gênero masculino, que não é muito aguerrido nos treinos. Geralmente é meio playboyzinho, tem um equipamento de ponto, mas nunca faz força nos treinos e quase nunca se apresenta pra competir, pois sempre toma pau.
Obviamente não vou colocar aqui o nome da criatura, mas foi de um de nossos amigos dinossauros do triathlon brasiliense que se originou o termo penteador de bonecas.
Muito gente que está lendo este artigo já sabe quem é a figura. Posso dizer que o cara é um dos ícones da cidade, uma figurinha carimbada, quase um patrimônio do triathlon do cerrado.
Ele tem recorde absoluto de atropelamentos que um triatleta já sofreu na vida. Nem sei ao certo o número, mas beira uma dezena. Além de ser atropelado, já "atropelou" diversos objetos animados e inanimados e é mais fácil dizer o que essa criatura ainda abaurrou que são apenas petrolheiros (ainda bem que ele nunca morou em Santos ou Itajaí) e naves espaciais. De resto ele atropelou tudo (carroça, cone, kombi, meio fio, carro, outras bicicletas, amigos e tantas outras coisas que não dá pra escrever aqui por falta de espaço).
Esse ser iconoclástico, para piorar ainda mais a situação, tinha o péssimo hábito de só sair para passear, quando em tenra idade, com a roupa do super homem, fato esse que desagradava muito seu avô que tinha que passear com ele na rua nos finais de semana.
Nosso amigo tem uma irmã mais velha e duas sobrinhas e, quando ele cresceu e já não usava mais os trajes do super man, ele sempre levava as pequenas para brincar no parquinho (elas e as barbies delas). Todos da comunidade de triatletas sabiam que ele gostava muito de brincar com as sobrinhas dele, mas, teoricamente não com as bonecas.
Pois bem, certo dia ele estava numa roda de conversa e estava a se gabar de suas performances. O problema é que nessa mesma roda encontra-se o sem papas na língua Zé do Pedal que revoltou-se com o excesso de valorização (aka tiração de onda) que o nosso personagem principal estava bradando aos sete ventos. Ato contínuo o Zé mandou essa: "Cala a boca fulano tu sempre foste um penteador de bonecas das suas sobrinhas".
Daí em diante ele virou o penteador de boneca oficial do triathlon brasileiro e nós quase que perdemos as forças nas pernas de tanto rir.
Ah esse Zé do Pedal !!! é o melhor apelidador e contador de histórias do Brasil.


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