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terça-feira, 21 de setembro de 2010

A maldição de Netuno (Atualizado)

Já estava para escrever esse post há muito tempo. Só que não queria falar de alguém que faz isso, pois acho que não seria elegante. Como essa maldição aconteceu comigo hoje posso falar dela com mais tranquilidade.
Cheguei na Astel pra nadar e tinha esquecido de trazer a sunga. Não ia voltar pra casa e perder um tempão. Como ia sair pra pedalar depois da natação peguei a minha bermuda de ciclismo e cai na água. O problema é que cada virada era uma emoção. A bermuda sempre descia.
Tendo isso em vista, não podia fazer as viradas direito. Quando mais rápido eu virava mais a bermuda abaixava.
Onde quero chegar com isso?
Eu sou um cara meio desligado com equipamentos, sinceramente eu não acho que eles façam tanta diferença assim. Todavia, eu sempre primei pela técnica, ainda mais na natação onde esse quesito talvez seja até mais importante que o próprio condicionamento. Pode botar qualquer atleta com o VO2 máximo de 80 MM que se ele não fizer o nado direitinho quase não vai sair do lugar direito.
Uma das partes técnicas da natação é a virada. Quem não faz virada olímpica ou tem problema na coluna ou na cabeça.
Fazer aquela virada do nado borboleta (mais conhecida como virada de pedreiro) tem que ser preso.
Estraga totalmente com a dinâmica do nado. Pára o movimento do nado e distrai muito a pessoa que a cada 25 ou 50 metros tem que tirar o cabeção da água (criança chorando, técnico dando esporro, gatinha a conversar na beira da piscina).
Em conversa com o Roberto Lemos relatei isso e perguntei se ele conhecia alguém que nadava bem e fazia virada de pedreiro. A reposta eu já sabia: "nunca vi Thiago".
Pois é, a partir daquele momento eu batizei isso de maldição de Netuno. Quem não sabe virar nunca vai bem nadar...podem acreditar.
Fica o recado para todos: invistam pesado na técnica, ainda mais na natação. Não aditanta brigar com a água, pois o atrito dela é bem mais forte que o do ar. Tente ser o mais flúido e não interrompa o movimento totalmente.
Nadar é muito fácil para quem tem paciência e humildade para melhor a técnica.

Atualização

Em comentário impublicável me lembraram que um amigo meu de Brasília, campeão do Troféu Brasil na categoria 20/24, fazia a tal virada.
Esse amigo realmente foi um grande e admirável atleta, mas, pelo que lembro, nadava os 1500 metros 2 minutos mais devagar que o seu próprio irmão, que fazia virada olímpica.
Com certeza, se ele acertasse a virada conseguiria diminuir bastante o seu tempo e chegaria mais perto dos tempos do próprio irmão.
Duvido muito que esse dois minutos de diferença poderiam ser creditados apenas à virada, mas que a virada de borboleta atrapalhava muito, isso não dá pra negar.

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