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domingo, 26 de setembro de 2010

O vácuo, os rodeiros e os valentes



Acima postei um vídeo bacana do contra relógio de equipes do Tour de France feito pelo time do Lance Armstrong.
Essa semana o vácuo foi o tema que mais esquentou aqui no blog em virtude de um manifesto de uma triatleta que ficou indignada com outras meninas que supostamente pegaram vácuo do pelotão masculino do JASC.
Não sei quanto a vocês, mas acho que depois que o vácuo foi liberado para as provas de triathlon olímpico essa prova perdeu e muito a sua importância e até mesma a sua graça.
É claro que não dá nem pra pensar em dizer que um atleta como o Javier Gomes que nada para 16' alto, pedala 40 KM e depois ainda corre 10 Km pra menos de 30' seja menos atleta que qualquer um que já tenha ganho um Ironman. Como não dá pra dizer que o Usain Bolt é menos atleta que o cara que ganhou a maratona. O que quero dizer é que depois que liberaram o vácuo pro triathon olímpico perde-se muito a graça e o divertimento da coisa.
É mais fácil ganhar na loteria do que saber quem vai ganhar as provas da ITU. Não raro chega um pelotão com 50 pessoas do pedal e sai aquela montoeira de gente pra correr. Ningúem localiza direito os atletas. Como é que dá para torcer por uma pessoa que você não consegue ver direito?
Na época que não tinha vácuo dava pra acompanhar melhor os atletas e também era possível saber quem eram os favoritos. Hoje em dia não dá pra saber direito e as vezes um rodeiro que ficou 40 KM sem fazer o mínimo esforço ganha. Uns dizem que ele é esperto, outros que ele é trapaceiro.
Como nasci no ano que o triathlon começou e já pratico essa bagaça a muito tempo digo que vejo o esporte de uma forma muito egoística e solitária. Tudo começou com o Ironman (sem vácuo) e não Ironmans (com vácuo). Pra mim o triathlon é um esporte individual, sem muita dessa dessas estratégias mirabolantes do ciclismo. É fazer força do começo ao fim sozinho.
Bom, mas esse é apenas o meu ponto de vista.
Qual é o de vocês?

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